Lubrificação em Aeronaves: O que Todo Aluno Precisa Saber

Lubrificação

O atrito entre as peças móveis de um motor pode gerar consequências sérias, como o aumento da temperatura, desgaste prematuro e perda de eficiência. Para minimizar esses efeitos, os motores contam com sistemas de lubrificação e arrefecimento — temas que veremos detalhadamente neste conteúdo.

Os óleos lubrificantes são os principais aliados na redução do atrito. Eles criam uma fina camada entre as superfícies das peças, evitando o contato direto e o desgaste. Além disso, ajudam no resfriamento do motor, já que a ausência de lubrificação intensifica o aquecimento.

Propriedades de um bom lubrificante

Um lubrificante eficiente apresenta as seguintes características:

  • Viscosidade: resistência ao escoamento. Em baixas temperaturas, ela aumenta; em altas, diminui. O ideal é manter o óleo dentro da faixa de temperatura recomendada pelo fabricante.
  • Ponto de congelamento: quanto mais baixo, melhor. Isso garante o funcionamento do motor mesmo em temperaturas frias.
  • Ponto de fulgor: quanto mais alto, maior a resistência do óleo à combustão em altas temperaturas.

Outras propriedades essenciais:

  • Fluidez: capacidade de circulação fácil pelo motor.
  • Estabilidade: resistência a alterações físicas e químicas durante o uso.
  • Neutralidade: evita a corrosão das peças internas.
  • Oleosidade: aderência eficiente às superfícies metálicas.

Para melhorar seu desempenho, o óleo recebe aditivos, como:

  • Antioxidantes (reduzem a oxidação),
  • Detergentes (dissolvem impurezas),
  • Anti-espumantes (evitam formação de espuma).

Tipos de sistemas de lubrificação

  1. Salpique: o mais simples — o óleo é espalhado pelas peças com o movimento do motor.
  2. Pressão: utiliza bomba para distribuir o óleo sob pressão. É eficaz, porém mais complexo.
  3. Misto: combina salpique e pressão. É o mais comum em aeronaves, com distribuição diferenciada para cada parte do motor.

Componentes do sistema de lubrificação

O sistema é composto por: reservatório, radiador, bombas, filtros, decantador e válvulas.

  • Em motores com cárter molhado, o óleo fica no próprio cárter.
  • Em cárter seco, há um reservatório separado, com sistema de verificação de nível em ambos os casos.

O radiador, resfriado com o ar das hélices, evita o superaquecimento e mantém a viscosidade ideal. A válvula termostática detecta o aumento de temperatura e libera a passagem do óleo para o radiador.

As bombas são responsáveis pela circulação do óleo:

  • Bomba de pressão: leva o óleo do reservatório ao motor.
  • Bomba de recuperação: retorna o óleo usado ao reservatório.

Para evitar o excesso de óleo na câmara de combustão, os anéis dos cilindros recolhem o óleo das paredes.

O óleo ainda passa por filtros ou decantadores que removem impurezas. Em algumas aeronaves, o reservatório atua também como decantador.

As válvulas controlam o fluxo de óleo:

  • Regulam a pressão,
  • Garantem fluxo unidirecional,
  • Redirecionam o óleo ao reservatório em casos de sobrepressão.

Monitoramento pelo piloto

O painel da aeronave conta com:

Termômetro: indica a temperatura do óleo, que deve estar sempre dentro da faixa segura especificada pelo fabricante.

Manômetro: monitora a pressão do óleo durante a partida e operação do motor;

Quer entender melhor?

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